sexta-feira, 21 de maio de 2010

deitada em minha cama



com os olhos fechados, como de costume, cantarolei uma velha melodia com um assobio. Depois de alguns minutos, me calei. Me desconectei do mundo. Me perdi. Me senti sufocada com meus próprios pensamentos. Em fração de segundos, uma lágrima percorria o meu rosto até o queixo, onde ficou ali, até que eu a secasse. Fechei meus punhos e coloquei sobre meu peito. Meus batimentos pareciam aumentar a cada centéssimo quando aquele lindo rosto angelical ocupou minha mente por completa. Era você, mais uma vez. Me irritei pela forma de como você estava sorridente, parecia apreciar meu sofrimento. Ouvi a sua voz me dizendo "Adeus". Confesso que senti um arrepio que ia da minha nuca até os dedos dos pés. Bateu um aperto forte dentro de mim, indescritível. A sua doce e aveludada voz me levava ao estado de êxtase. Só aquela voz era capaz de me fazer parar de respirar e me fazer entrar em transe. De repente, abri meus olhos.
Tarde demais. Mal pude perceber que o nosso "pra sempre" tinha chegado ao fim.

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